Anoitece
e a sombra tomba sobre o meu corpo
Migrando
da eterna luz
Fazendo-se
perpétua para lá da escuridão
Cindindo-se
em mil focos de paixão
Remetendo para si as palavras vagas
Remetendo para si as palavras vagas
E
o mar que se encaminha em sua direcção
Na
areia que permeia as suas ondas
Que
as abraça com fios de laivo de loucura
Arrastando
na maré a sua ternura
E
abraçando-a novamente
Dizendo
que é Tua
A palavra de comunhão
Que
o sacrilégio remete ao passado
E
para ti é apenas o triste fado
Da
alma que desaparece na devassa
Dessa eterna solidão
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