Procuro-te na orla do tempo,
quando o sinal eram apenas rimas conjugadas,
de memórias perdidas e destroçadas,
tal como manhas de madrugada morna,
em que os nossos corpos se consumiam,
no desejo desses dias.
Foi tão pouco aquilo que deixas-te
que a memória permitiu deixar em nós
que se mitigou em sonhos vorazes
em pensamentos capazes da adversão
e tudo fugiu da minha mão
como sentidos ausentes.
Depois quando partis-te
a mim deixas-te a maré vazia de teu mar
o sol embrutecido a pousar
sob o meu plano nesta terra.
Consumindo em cada gesto
devorando cada manifesto da tua lingua
em cada palavra que me trazias
e tu assim ausente do mistério.
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