«como se atira o dardo com o corpo todo,
com a eternidade em não mais que nada,
e depois a abolição do tempo,
e então o que respira no corpo passa à vara,
e o que respira na vara passa depois à ponta,
tu não, tu já respiraste tudo pelo dardo fora,
mudo e cego e surdo,
e és um só ponto do alvo onde respiras todo,
e tudo respira nesse ponto,
em ti, veia da terra, oh
sangue sensível»
E quando desse dardo
toma à terra
inusitado e caótico
sentes a vibração do tempo
que passa em teu olhar perdido
que se julga constrangido
por esse pesar
e és surdo cego e mudo
para aferires da sua razoabilidade
que apenas te toca
em sensibilidade
e tudo é sangue
é terra em vão
tudo perdido tudo em sacridão
e o poema perdido
que te faz suspirar
é apenas um castigo
apenas pesar.
toma à terra
inusitado e caótico
sentes a vibração do tempo
que passa em teu olhar perdido
que se julga constrangido
por esse pesar
e és surdo cego e mudo
para aferires da sua razoabilidade
que apenas te toca
em sensibilidade
e tudo é sangue
é terra em vão
tudo perdido tudo em sacridão
e o poema perdido
que te faz suspirar
é apenas um castigo
apenas pesar.
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