Quem é este adormecido
que parece viver dentro de mim
que tem vontade própria
De quem são estas palavras
que surgem do nada
na minha expiação
De quem é esta letra
de caracteres transvestidos
que parecem migrar fora de mim
De quem são estas lágrimas
que percorrem a ilusão
de um olhar morto
De quem é esta vida
que imersa despedida
me embaraça os sentidos
E tu de quem és
que perteces ao desconhecido
que é apenas solidão
De quem é o que foi
e o que será
de uma terna despedida
De quem é a saudade
de uma alma combalida
da fogueira de crença
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