Imagina o mar como uma folha sobreposta de cor azul,
sobre a qual
incidem os raios da lua prateada,
ondulantes na maré vaga.
E os olhos do menino que nele incidem
perdendo-se no
horizonte.
Quis saber seu nome, e torna-lo seu,
sobrepondo-o sobre o
seu corpo de água salgada,
ondas ténues e serenas que nele se abraçam em
cordial melodia.
Abraçou-o no tamanho dos seus braços pequeninos,
o menino,
que a ele se formaram sob suas gotas lacrimejantes, e ele assim a respira-lo
sendo seu.
O mar do tamanho do globo que seus braços abraçavam junto ao
peito e dizendo:
- És meu, mar que te perdes sob os meus olhos, e partes vago
no horizonte onde te perdes em teus infinitos cuidados, e para onde incidem as
minhas lágrimas na tua devoção.
E o mar a responder com o som da maré na noite,
calma e
serena,
denotando em si todo o silêncio do mundo,
do tamanho daqueles braços
pequeninos que a ele se abraçam.
- Para onde partes mar, tu que te afogas em tuas marés
longas e no abismo da tua profundidade?
Perguntou o menino absorto em sua credulidade.
Parte para o silêncio da noite que dele se abraça pequenino
e longo,
das ondas suaves e da areia meiga que a ele recolhe para o exultar na
partida num “vussss, vusss” de som cordial.
O menino que se perdeu no imenso mar que era o da sua
despedida.
Sem comentários:
Enviar um comentário