quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Tempestade



E para alem dessa distancia
Em que dois olhares se cruzam
Em que somos corpos
Constelados no céu
Que migram em cada célula
Do tempo perdido
Desmedido na mensuração
Da distância falsa
Do obliquo sentido da vida
Em que as pedras falam
Ao que não tem de verdade
Pois a distância se perde
Em dois beijos ausentes.

E quando a tempestade no céu
E mais forte do que nos une
Vê-se vereda na terra
Ausência do eu
Vacuidade
Apenas e só

Ausência do que foi
E do que será
Vazio de morte
Sentido da vida.
Do poema perdido

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