segunda-feira, 3 de março de 2014

Escuridão

A luz que incide nos meus olhos
e as palpebras que se fecham sob o véu
que bruxuleia tal como uma sombra
á nossa volta
é nesse momento,
só palavras
que nos instigam
o cadaver rodeado de solidão
na força de um tempo esquecido
em que ele é só penumbra,
e nesse exacto momento
no caixão
imerso na escuridão
a luz já não incide sob meus olhos
e só são sombras faustas
que compreendem ne estranho saber
o porque de estar ali perdido
sob meu ser.
E a luz que se dissipa
por meio da escuridão
invade todos os poros
de um corpo assim abandonado
de um cádaver imerso nessa solidão
que é só um cadáver esquecido
de palavras essas
que são meras palavras
abandonadas a essa ilusão.
Pergunto-me se será assim a morte,
um cadáver abandonado na escuridão
sendo as letras poucas
para o interpretar
e apenas a falta de luz,
uma luz, de um estranho pesar

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