quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Amor



E recordo essa paixão perdida, 
pela cor do universo, 
como se morresse em cada pedaço meu, 
do teu coração, 
quanto ódio poderia assim verter, 
quando o que o separava do amor era apenas uma linha ténue. 

A mesma que nos separava de metade do mundo. 
E saudades essas de trovão. 
Seria esse o amor? 
Ou partícula incerta de um templo quebrado de desejo? 
Ou poesia insuficiente do teu ensejo, 
maldita, 
palavra não escrita que apenas os poucos poderia entender. 

O que seria o amor? 
Majestade de palavras perdidas, 
recuperadas no espaço sem tempo. 
Do tempo sem espaço, 
do firmamento do céu onde eras tu e eu que nos abraçávamos. 
Nós nos braços um do outro.

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