quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Morte e Vida

Nos teus braços
morro a cada instante
em que o sangue expele
para que a vida termine
e a morte venha em fim
para por termo a mim

A cada instante
em que a alma chama por ti
em que o fogo é mais intenso
do que o que não vivi
e a terra se firme sob teu céu

No momento
em que a morte chega
e a sua certeza me leva com ela
apático e amorfo
para outro universo

Sente-se o poema
e a sua voz
e enfim estamos a sós
somos morte e vida
tu em mim para morrermos
os dois no fim.

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